sábado, 30 de novembro de 2013


LIVRO : MANUAL DO PASSISTA (Jacob Melo)
1 - QUEM PODE APLICAR
- Observe-se que todos seres vivos expelem fluidos e nem por isso são passistas
- Se definirmos o passe como o resultado da boa vontade, todos somos passistas. Sabemos, todavia, que na vida a boa vontade, só por si, nem sempre é suficiente para resolver tudo a que se propõe. Assim, nem todos portadores de boa vontade são, só por esse motivo, passistas
-Modalidades de passes :
(1) Espiritual :
- É aquele em que os fluidos , basicamente, provêm do Mundo Espiritual
- Para servir de canal eficaz e eficiente ao Mundo espiritual, o passista deverá contar com uma preparação moral e psíquica de bom nível
(2) Magnético (Humano) :
- É o que conta com maior profusão fluídica do passista (Fluido Vital, anímico, magnético)
(3) Misto :
- É a conjunção fluídica proporcional de ambos os meios, o espiritual e o humano (Magnético)
- Grupos de pessoas que padecem de certas restrições :
(1) Crianças e adolescentes, por encontrarem-se em fase de desenvolvimento orgânico
(2) Pessoas na terceira idade, que não tenham participado demorada e consistentemente dessas atividades num passado recente, visto que seus campos vitais solicitam parcimônia no desgaste dos fluidos vitais
(3) criaturas com deficiências mentais, sob influência obsessivas, em tratamento com medicações controladas, organismo debilitado em decorrência de problemas pulmonares, cardíacos ou portadoras de moléstias infecto-contagiosas, bem como desequilibradas psíquicas e/ou moralmente
- Apesar de passe ser uma doação de bons fluidos, não significa que uma doação desses seja, necessariamente, um passe. Isso porque por passe se entende uma ação consciente e deliberada de transmissão de fluidos, de um possuidor para um carente, por meio de uma técnica, ainda que seja a mais simples
- Nessa doação, a ligação mental do passista com níveis espirituais superiores e a capacidade de fazer suas energias transitarem por ele são de relevância, tanto quanto a característica de, possuindo uma disposição íntima de usinagem fluídica, exteriorizar, direcionar e manipular esses fluidos
- Kardec informou que a faculdade de curar pela influência fluídica(passes), pode desenvolver-se pelo exercício
- O mundo fluídico não atende apenas a impulsos psíquicos e mentais ou materiais; por ser bastante físico, atende de igual forma a comandos magnéticos, tanto por repercussão do fisiologismo quanto por emanações de fluidos vitais. Outros fatores, além da boa vontade e de uma simples imposição de mãos, interferem no processo
- O passista, ou candidato a, deve amar e estudar; Amar no sentido mais profundo e nobre do termo e estudar fluidos, períspirito, campos vitais, magnetismo, mediunidade e, se possível, um mínimo de anatomia e fisiologia. Isso não impede que pessoas sem cultura, sem estudo, sem qualquer conhecimento teórico ou acadêmico de magnetismo e mediunidade não possam aplicar passes e virem a ser sucedidas

2 - PASSISTA ESPIRITUAL, MAGNÉTICO OU MISTO
- Sensações físicas de um passista no ato de aplicar um passe:
(1) Passista Espiritual
- leve e agradável rocio ao alto da cabeça, como se uma suave brisa tocasse levemente os cabelos
- Percebem uma circulação de sutil vibração circulando pela fronte, coração, pulmões e membros superiores, saindo pelos braços, em direção às mãos, por fim derramando-se sobre o paciente


(2) Passista Magnético
- O alto do estômago acusando um movimento circulatório como se estivesse afunilando, numa pressão em direção ao centro do corpo
- Uma espécie de dor fina, estômago a dentro, como se a lâmina de um punhal penetrasse nessa região
- O alto do estômago forçando e entrando, como se fosse sair pelas costas
- O alto do estômago estufando e se avolumando, como se fosse explodir
- Gases subindo pelo esôfago, dando forte e quase irresistível vontade de arrotar
- Impressão de conter uma verdadeira turbina, localizada no alto do estômago, a girar cada vez mais rápida, de tal maneira que, por vezes, chaga-se a ouvir o ruído (silvo) da mesma
- Palpitação forte e/ou arritmia cardíaca sem que, de fato, o órgão físico esteja submetido a tais esforços ou movimentos
- Ardor na garganta, como se repentinos e insistentes pigarros surgissem e desaparecessem
- Sudorese inesperada
- Dores localizada sobre o fígado ou o baço, como se tivessem sido despendidos grandes esforços
- Uma azia forte e ardida que cessa com ao ser interrompido o passe
- Ardor nos olhos e incômodo no entre-olhos, por vexes, chegando o lacrimejar incontrolável
- Sensação de giro ou pressão sobre a genitália
(3) Passistas mistos(Observações posteriores às aplicações dos passes)
- Perda ou dificuldade em conciliar o sono ou cair rapidamente em sono profundo, sem que, ao despertar, guarde as sensação de haver realmente descansado
- Acordar com ressaca : secura ou gosto amargo na boca, sede insaciável e indisposição generalizada
-Complicações gástricas sem motivos alimentares ou psicológicos que as justifiquem
- Perda do apetite, do paladar ou fome incontrolável
- dificuldade de raciocinar e lapsos de memória

3 - POR ONDE COMEÇAR
- O início de qualquer prática será sempre o do estudo prévio da teoria. Em se tratando de passes, a melhor teoria está no magnetismo
- Com espíritas, precisamos ter segurança em assuntos como o períspirito, fluidos e influência espiritual, Centros de forças ou chakras
4 - O MUNDO DOS FLUIDOS
- Dos seres vivos emanam fluidos constantemente. Esses fluidos são essencialmente físicos e têm muito de componentes orgânicos
- Nos seres humanos, eles são muito influenciáveis pela ação do pensamento, através da vontade e das vibrações em que a mente se situa
- Nos animais, faltando-lhes a razão, os fluidos sofrem os efeitos da faixa evolutiva em que se situam : fisiológicos (os materiais) e instintivos (os psíquicos)
- Os fluidos vitais são basicamente de origem física, apesar da grande interferência da mente. A diferença básica entre os fluidos dos magnetizadores (passistas) e os espirituais é a sutileza : o humano é mais denso e material. Enquanto o espiritual é mais rarefeito e sutil
- No ser humano, a elaboração dos fluidos se dá em regiões específicas. Estas são de dois níveis : uma orgânica, onde certos órgãos funcionam como “combustíveis” ou parceiros para as usinas magnéticas, e outra numa muito bem organizada e sutil estrutura, conhecida como perispírito
- Quando Jesus falava que a fé definiria a cura de determinada enfermidade, induzia o paciente á mobilização de todo potencial fluídico (anímico) próprio em seu próprio benefício. Sem dúvida, esses fluidos eram orientados por uma vontade que sabia, por uma determinação que “queria”, de fato fazer...e que fazia

5 - CENTROS VITAIS
5.1 - INFLUÊNCIA DOS CENTROS VITAIS
- Os magnetizadores, como fruto as mais ponderada e testada observação, determinaram que os passes só devem ser feitos no sentido da cabeça aos pés e nunca ao contrário
- O sentido do giro dos Centros Vitais indica que os passes deverão ser sempre no sentido horário , exatamente para evitar a congestão fluídica
- Um foco de desarmonia (uma infecção, por exemplo, a depender do tempo em que está estabelecido, se irradia e termina por impregnar e adulterar o funcionamento dos centros que lhe são adjacentes. Estes, por sua vez, irão repercutir sobre os outros, e assim por diante
- Fato é que, normalmente, o portador de um foco de desarmonia tem desarmonia igualmente estabelecida em outros centros. Se for “corrigido” apenas o foco, os outros centros permanecerão em temporária desarmonia, o que normalmente resulta em mal-estar no paciente
5.2 - FORMA E ALCANCE DOS CENTROS VITAIS
- Quando impomos a(s) mão(s) ou a(s)movimentamos muito lentamente, o Centro Vital absolverá mais fluidos e essa absorção será muito centralizada, pelo que o passe toma uma característica concentradora de fluidos
- Se, ao contrário, fizermos movimentos rápidos, a absorção fluídica deixará de ser centralizada, levando os Centros Vitais a uma “reação dispersiva”
- Já o que diz respeito à distância, se a(s) mão(s) está (ão) próxima(s), menos de 25 cm, o centro Vital fará uma captação nos níveis de maior intensidade (próximo ao vértice, região conhecida como base do vórtice), sendo, então, considerado como de “reação ativante”
- Com a(s) mão(s) distante mais de 25 cm, a captação será em nível de baixa intensidade (longe do vértice, região alta do vórtice), sobrando aos fluidos a características “calmante”

6 - APLICANDO O PASSE ESPIRITUAL
6.1 - O PASSISTA PODE AGIR DA SEGUINTE MANEIRA
(1) Antes de iniciar a imposição da (s) mão(s), ore com fé e esperança, por si e pelo paciente
(2) Sentindo o clima fluídico, imponha a(s) mão(s) sobre a cabeça do paciente, nem próximo, nem muito distante, cerca de 30 a 50 cm e, ainda em oração, deixe o fluido dos Bons espíritos fluírem, que será identificado por um leve rocio a “correr” pelos braços e esvair-se pelas mãos, deixando no passista uma sensação agradável e suave
(3) Quando cessar esse fluir, faça alguns dispersivos sobre a cabeça ou sobre o(s) local(is) onde foi(ram) feita (s) a(s) imposição(ões) para evitar o efeito da concentração de eventuais transferências de fluidos magnéticos (Mesmo nos passes espirituais, é comum o passista deixar “vazar”, na maioria das vezes, sem o perceber, fluidos magnéticos, o que gera congestão fluídica localizada
6.2 - ALGUMAS OBSERVAÇÕES ADICIONAIS
(1) Via de regra, não se usa movimentação de mãos nos passes espirituais.Todavia, como raramente se tem segurança plena sobre os fluidos que foram doados ao paciente, convém manter atenção quanto à necessidade do uso de dispersivos
(2) mesmo na situação do passe espiritual, é grande o número de pacientes que está precisando mais de dispersivo , no sentido de rearmonizar suas estruturas vitais, do que uma captação fluídica. Por isso, o passe dispersivo no início dos passes espirituais são de grande valia, pois podem eliminar a necessidade de maiores doações fluídicas. Esta observação é igualmente coerente e consequente nos passes magnéticos e mistos
(3)Usualmente, o passe espiritual é de pouca duração, normalmente em torno de um minuto, sendo que, raramente excede a um minuto e meio


7 - COLA PSÍQUICA : O QUE SERIA
7.1 - Quando estudamos o magnetismo humano, encontramo-lo, didaticamente, dividido-o em três tipos :
(1) Magnetismo Humano : É aquele cujo fluido emana do próprio magnetizador. No “O Livro dos Médiuns”, os Espíritos questionados por Kardec, disseram que os magnetizadores humanos, embora haurindo a força magnética em si mesmos, são auxiliados pelos Espíritos, e pela ação destes, a força daqueles vai aumentada
(2) Magnetismo Espiritual : É o do qual os fluidos provém apenas e diretamente do Mundo Espiritual, sem intermediário
(3) Magnetismo Misto : Se dá quando os dois tipos anteriores se mesclam
- Não teríamos como catalogar o magnetismo humano, já que os espíritos, de uma forma ou de outra, estão sempre presentes e atuantes
- Muitas vezes os espíritos aplicam seus fluidos aos pacientes via médiuns, sem que estes desprenda, de modo sensível, magnetismo humano (Fluido vital, anímico). Na prática, portanto, podemos dizer tratar-se de magnetismo espiritual, embora a transmissão pelos espíritos contem com a participação de um médium
- O magnetismo é misto quando o magnetizador humano, usando suas reservas fluídicas, também faça uso concomitantemente e consciente dos fluidos espirituais

7.2 - Até onde vai o incremento da força magnética que os espíritos dão aos fluidos dos passistas ?
7.2.1 - LM,Cap XIV,176
- Questão 02 - “Se magnetizas com o propósito de curar e invocas um Bom espírito que se interessa por ti e pelo teu doente, ele aumenta a tua força e a tua vontade, dirige o teu fluido e lhe dá as qualidades necessárias”
- Questão 04 - “Agiria com maior eficácia aquele que, tendo a força magnética, acreditasse na intervenção dos espíritos? Faria coisa que consideraríeis milagre”
7.2.2 - Revista espírita, item 8 - Set 1865
- “...Os espíritos lhe (ao magnetizador) vêm em ajuda, derramando sobre ele seu próprio fluido, que pode decuplicar ou centuplicar a ação do fluido puramente humano”
- O derramar dos fluidos espirituais, saturando-o com fluidos de um “padrão” mais sutil, igualmente potencializa suas energias fluídicas, daí o decuplicar ou centuplicar da ação magnética, Trata-se, sem dúvida, de um incremento quantitativa e qualitativo
- Quando se acredita na intervenção dos espíritos, toda a estrutura fluídica magnética do passe vai potencializada, haja vista que todos os grandes magnetizadores, curandeiros e correlatos, quando trabalham evocando as “forças Superiores”, sob o título que queiram dar, sempre conseguem melhorar o rendimento de suas práticas
- Quando o passista é reconhecido como “magnetizador humano”, é comum observamos os níveis de cansaço físico e esgotamento fluídico que o atingem após um determinado número de aplicações de passes. Para chegar a esse ponto, o número das aplicações quase sempre é relativamente baixo, algo como uns 10 a 15 passes. Ao contrário disso, quando ele é “passista espiritual”, a quantidade de passes aumenta sensivelmente, seu cansaço quase não é registrado e a fadiga fluídica parece nunca acontecer
- O óbvio nos afirma que o passista magnético, por doar energias suas, se desgasta mais, o que não acontece com o espiritual. Mas ocorre que o segundo também doa alguma coisa, pois do contrário, os espíritos não precisariam dele para fazer as magnetizações espirituais

7.3 - FUNÇÕES, CAPACIDADES E CARACTERÍSTICAS DOS FLUIDOS VITAIS
(1) Alguns elementos fluídicos desempenham o papel de “Catalizadores” dos fluidos como um todo, aprimorando e fazendo aprimorar seus “circuitos” de vitalidade
(2) Componentes se apresentam como campos de “imantação magnética”, os quais se responsabilizam pelo aprisionamento de determinadas cargas fluídicas que, sem esses campos, facilmente se desestabilizariam aleatoriamente no cosmo organo-perispiritual, onde, por não encontrar campos próprios e equivalentes para atender às leis das afinidades fluídicas, se perderiam

7.4 - IMANTAÇÃO MAGNÉTICA
- Deve existir no passista um estímulo de auto-produção, reprodução ou ativação desses campos de “Imantação magnética”; no paciente, eles permitem a assimilação, distribuição, localização e/ou fixação dos fluidos recebidos nas zonas ou periferia onde sejam requisitados
- Por ser função fluídica, é função anímica e não espiritual, apesar de sensivelmente sujeito às influências desta
- Tomando o passe espiritual por referência, temos esses campos de “Imantação magnética”, no passista, atuando de forma esgarçada, assim transmitindo, por “impregnância”, seu magnetismo para os fluidos que lhes “atravessam” o campo
- Seguindo esses fluidos, agora impregnados desse teor de “imantação magnética”, ao corpo do paciente, eles ali se estabilizam
- O que se verifica é que o passista, que por sua disposição de doador e pela ação da doação e transferência magnética, esgarça seus “campos de imantação magnética”, donde o poder de “impregnância”
- A esse incremento dado aos fluidos espirituais é que chamamos de “cola-psíquica”
7.5 - ILAÇÕES E EXPLICAÇÕES
(1) O passista espiritual não se cansa porque não doa fluidos vitais necessariamente, pois ele apenas possibilita uma Impregnância magnética ao fluido espiritual do qual é canal
(2) Nem todos os passes espirituais necessitam dessa cola-psíquica; se o paciente está com seus campos de “imantação magnética” ativados, os espíritos fazem o passe espiritual propriamente dito, ou seja : diretamente, sem intermediários, e seus fluidos se estabilizarão direta e afinadamente nos campos do paciente
(3) Quando se ora de forma contrita e elevada, ativa-se esses campos de “imantação magnética”, pelo que podemos afirmar que a prece é um auto-passe por excelência
(4) A transmissão dessa impregnância, por ter necessidade de harmonia para funcionar plenamente, em vez de desgastar fluidicamente o passista, põe-no em situação de mais equilíbrio fluídico, pelo que desnecessário se torna tomar passes após a aplicação nos pacientes ( Isso significa que à medida em que vai liberando cola-psíquica, o passista amplia sua capacidade de retenção de parcelas harmoniosas das energias que transitam por seu cosmo fisiológico
- Os fluidos dos bons espíritos, passando através do encarnado, pode alterar-se como um pouco de água límpida passando por um vaso impuro, podendo até essa cola-psíquica, de uma certa forma, ser um elemento de impureza. Daí, para todo verdadeiro médium curador, a necessidade absoluta de trabalhar a sua depuração, isto é, o seu melhoramento moral

8 - O SENTIDO DA APLICAÇÃO
- Como os fluidos que o paciente recebe são assimilados, transferidos e somatizados segundo o sentido dos Centros Vitais de maior frequência para os de menor, os passes, quando aplicados ao longo de uma determinada região, devem ser feitos no sentido da cabeça para os pés
- No caso dos passes circulares, devemos lembrar que o sentido natural de giro dos Centros Vitais é o horário. Dessa forma, esse é o sentido que fará o centro acionar sua componente centrípeta (para dentro). Portanto, quando aplicados localizadamente, de forma circular, o sentido da doação do passe é o horário
O passe aplicado no sentido horário contrário aos indicados acima, acarreta uma série de mal-estares no paciente. Por força de aplicação no sentido contrário ao correto, muitos pacientes “ganham” insônia, dores de cabeça, enjôos, sérios problemas digestivos , azia, cefaleia, ardor nos olhos, cansaço e moleza generalizada, dentre outros
- Foi por conta do sentido da aplicação que os magnetizadores “normalizaram” que quando fazemos um passe, ao passarmos as mãos sobre o paciente, no final do percurso, as fechamos, puxando-as para junto do nosso corpo e as retornamos ao ponto de origem
- Outra forma é fechar as mãos, afastá-la do corpo do paciente, lateralmente, o mais afastado possível, por fora do corpo, retorná-las ao ponto de reinício, onde as mãos voltariam a em abertas


9 - A VELOCIDADE DE APLICAÇÃO
- A velocidade da aplicação do passe define como o organismo do paciente recebe os fluidos e, consequentemente, que reações lhe advirão
9.1 - CLASSIFICAÇÃO DOS PASSES, SEGUNDO A VELOCIDADE DE APLICAÇÃO :
(1) Passes lentos
- São concentradores de fluidos
- As imposições são concentradoras
(2) Passes rápidos
- Tornam os passes dispersivos, excetos os passes circulares, que são sempre concentradores
- Quanto mais rápido passamos as mãos sobre o paciente, mais fazemos os centros vitais buscarem um padrão harmônico de giro, o que termina por regular a distribuição interna dos fluidos
- Tendo por base que o centro Vital não transmite os fluidos na mesma velocidade e intensidade com que os capta, os passes dispersivos (Rápidos, vigorosos), produzem nos Centros Vitais um incremento nesses fatores, fazendo com que a transmissão dos fluidos para o ambiente interno do paciente seja ampliada, assim melhorando os efeitos do passe e os benefícios dos fluidos, evitando os inconvenientes dos “congestões fluídicas”
- Os passes dispersivos também atuam sobre os concentrados fluídicos como que compactando-os para a liberação posterior, gradual e continuada. Com isso, evita a concentração fluídica (por não tapar o Centro Vital), harmoniza mais rapidamente o giro de um Centro que estaria sobrecarregado de fluidos, e dá ao paciente a possibilidade de “ruminar” os fluidos em vez de assimilá-los de pronto
- Acreditamos que os concentrados fluídicos compactados pelos dispersivos podem ir se descompactando até uma semana, daí muitos tratamentos magnéticos poderem ser realizados semanalmente, sem prejuízo para o resultado final, salvo quando o paciente age de maneira inconveniente aos benefícios da magnetização

9.2 - CONGESTÃO FLUÍDICA
- Quanto mais demoramos as mãos sobre uma determinada região, mais tempo de captação e saturação fluídica fica a região, pois, obviamente, o Centro Vital correspondente estará sendo “abastecido” de mais e mais fluidos, o que provoca a concentração fluídica
- Fácil concluir que as imposições são mais concentradoras que os passes com alguma movimentação, mesmo quando lentamente. Fácil também perceber que uma longa exposição a concentrados (passes lentos ou imposições) pode desaguar num acúmulo excessivo de fluidos em determinadas regiões, provocando o fenômeno conhecido como “congestão fluídica”
- Muitas pessoas podem sair das cabines de passes sentindo incômodos, por vezes insuportáveis, exatamente por terem ficado expostas a prolongadas imposições, mormente sobre o coronário

10 - A DISTÂNCIA DE APLICAÇÃO
- Os passes próximos, em torno de 25 cm a menos de distância entre as mãos do passista e o corpo do paciente, trabalham os campos fluídicos conhecidos como ativantes, enquanto os distantes, acima de 25 cm, trabalham os calmantes
- Quando as mãos estão próximas, os Centros Vitais captam os fluidos de maneira mais condensada, já que circulam por uma região de movimentação mais intensa, que é a base do vórtice do Centro Vital. Pela condensação e pelo maior imediatismo com que os fluidos são captados, sua percepção pelo paciente será de característica ativante
- Quando as mãos estão afastadas, os Centros Vitais captam os fluidos de maneira mais sutil, já que “circulam” por uma região de movimentação menos concentrada, que são as extremidades exteriores do Centro Vital. Pelo percurso mais amplo que os fluidos circularão até alcançarem a zona de transferência e acessarem o corpo orgânico, eles serão percebidos com qualidades calmantes



Condição
de
Movi
mento
Medidas Efeito Conjuga
dos Efeitos
Velocidade
Lento Maior que
3 seg Concentra
dor Lento e
perto Concentrador
de ativantes
Velocidade
Rápido Menor que
3 seg Dispersivo Lento e
longe Concentrador
de calmantes
Distância
Perto Menor que
25 cm Ativante Rápido e
perto Dispersivo
dos ativantes
Distância
Longe Maior que
25 cm Calmante Rápido e
longe dispersivo
dos calmantes


11 - ENTRANDO EM RELAÇÃO FLUÍDICA
- O passista encontrará, em cada paciente, uma variação muito grande de sintonia, empatia ou antipatias fluídica, mas nada que não possa ser melhorado
- Observemos algumas ocorrências comuns nas cabines de passes :
O passista, ao se aproximar do paciente, sente : forte repulsão, forte atração, indiferença, distância, ausência, inapetência de aplicar o passe, um bem querer súbito, uma piedade filial, vontade de acariciar, e reações estranhas como tremores, calafrios, arrepios, sudorese instantânea, ânsias de vômito, peso na cabeça, braços leves ou pesados, etc
- As causas dessas sensações têm várias explicações, mas uma delas é extamente o choque fluídico entre campos que não encontram pontos de contato
- Um grande coadjuvante para a superação dessas sensações desagradáveis é a criação de um bom estado psicológico e moral do passista, obtido principalmente por meio do exercício da boa vontade, da vibração positiva, do envolvimento fraterno e da pureza de sentimentos
- A oração feita pelo passista o favorece igualmente, pois sutiliza as emissões fluídicas, tornando os fluídos, portanto, mais maleáveis à combinação, à empatia
- Quanto ao passista, se ele vem fortalecido pela fé, sintonizado em boas ideias e lastreado em orações sinceras, também favorecerá em muito à troca fluídica
- No caso do passe espiritual, a questão da relação fluídica é menos consistente, por conta dos fluidos que estarão em trânsito (Espirituais), Muito sutis e pouco dependentes do passista, os fluidos espirituais favorecem a que uma empatia mais imediata se estabeleça, até porque os espíritos elaboram, no Plano espiritual, um refinamento e uma “manipulação” fluídica que, com certeza, resolvem ou atenuam eventuais discrepância da relação fluídica
- Diferentemente dos fluidos espirituais, os fluidos anímicos são densos e, por isso mesmo, trabalhar o campo fluídico do paciente é medida imperiosa para vencer as barreiras fluídicas surgidas. Para isso, podemos fazer o seguinte:
(1) Ore com fé, participe da parte evangélica, participe do trabalho pleno de boa vontade, vibre positivamente pelo bem do paciente, envolvendo-o mentalmente em clima de muita fraternidade e nutra muito amor na hora do trabalho, com a maior pureza de sentimentos possível
(2) Vá impondo a(s) mão(s) sobre algum centro vital superior, preferencialmente o coronário ou frontal. Baixando-a(s) lentamente a partir de uma distância de um metro, aproximadamente. Você perceberá que a partir de determinado ponto surgirá uma tênue barreira fluídica. Sobre esse local a sensação de falta de empatia ou desarmonia será mais fortemente sentida
(3) Volte a(s) mão(s) ao ponto mais distante e repita o exercício até ter certeza de que o ponto localizado é sempre o mesmo
(4) localizado esse ponto, repouse a(s) mão(s) suavemente sobre ele, procurando emitir uma vibração de harmonia, como quem abraça um filho recém nascido, como quem afaga uma frágil criança, com se estivesse alisando aquela região com profundo carinho
(5) Se depois disso, a antipatia fluídica persistir, faça uma série de dispersivos(passes rápidos ao longo do corpo do paciente) e depois retorne à tentativa de estabelecimento da relação fluídica
- Com a relação fluídica estabelecida, o passe será muito mais efetivo e as sensações, tanto no paciente quanto no passista, serão mais amenas e agradáveis


12 - O TATO MAGNÉTICO
- O tato magnético é uma capacidade natural que a grande maioria dos seres humanos possui, podendo ser desenvolvida, ampliada e apurada pelo exercício
- Com ele podemos precisar locais em desarmonia, facilitando a aplicação de uma fluidificação mais objetiva, além de permitir ao passista condições de verificação do estado do paciente após o passe, evitando que ele saia da cabine com deficiências, acúmulos, desarmonias ou descompensações que depois lhe provoquem mal-estares
- Assim como a intuição, a vidência, a audiência ou mesmo o sonambulismo, o tato-magnético também é um método de diagnose
- A vantagem desse método, é que ele não é mediúnico, portanto, sujeito, na maioria das vezes, à simples vontade e atenção de seu portador, o que não acontece com a mediunidade, que depende da ação da vontade dos espíritos
- O tato magnético dará a confirmação não apenas da desarmonia e o nível de desarranjos acarretados para outros centros e/ou órgãos. Significa dizer que o tato-magnético não apenas é mais um elemento de diagnose como ainda é um elemento de segurança na verificação fluídica e orgânica do paciente
- Como funciona o tato magnético :
- No capítulo anterior, orientamos como encontrar o ponto ideal (físico) para que estabeleçamos a relação fluídica. Repetindo aquele mesmo exercício, quando encontrarmos o ponto a que nos referimos, observemos a distância em que ele se encontra do corpo do paciente. A partir daí, façamos o seguinte :
(1) Passemos a(s) mão(s) lentamente sobre todo o corpo do paciente, conservando sempre a mesma distância e seguindo até o final do circuito (cabeça aos pés é o sentido)
(2) Durante a realização do tato magnético, qualquer impulso de doação deve ser dominado
(3) Aticemos nossa atenção, percepção e acuidade para registrar os locais onde sejam percebidas mudanças na camada fluídica sob nossa(s) mão(s)
(4) As mudanças fluídicas, percebidas na(s) mão(s), mais comuns são :
- calor seco ou úmido, frio seco ou úmido, choques, fibrilação, pontadas, sucções, sopros, ventos fortes, ardor, forte atração ou repulsão
(5) Em virtude da característica individual de cada passista, não temos como definir, a priori, o que o que cada mudança fluídica significa
(5) Localizados o (s) ponto(s) que esteja(m) em desarmonia, inicia-se o tratamento, sempre repetindo o tato-magnético o tato-magnético para perceber como está(ão( reagindo ao tratamento
(6) Havendo uma desarmonia generalizada ou de difícil percepção, sugerimos seja feita uma série de dispersivos e, logo após, repete-se o tato-magnético. Normalmente, após essa dispersão, o(s) ponto(s) ou foco(s) se sobressaem, pois momentaneamente os dispersivos “apagam” as desarmonias induzidas em consequência do(s) foco(s). Pose acontecer também que depois dos dispersivos, não sejam percebidas mais qualquer desarmonia. Isso é indicativo de que o paciente provavelmente estava apenas com seu campo vital desarmonizado, sem causas mais consistentes, pelo que os dispersivos já trataram
- Esse conjunto de orientações tomou por base um passista que não tenha nenhuma experiência e tato-magnético

13 - PSI-SENSIBILIDADE DO PACIENTE
- Determinado paciente está com um foco de desarmonia, estabelecido já alguns dias. Essa desarmonia acarretará um desequilíbrio no Centro Vital que seja mais diretamente ligado ao problema
- Ora, pela interdependência dos Centros Vitais, os demais Centros carrearão seus esforços no sentido de compensarem o desequilíbrio localizado naquele centro. Assim, depois de certo tempo, todos os centros Vitais estarão desequilibrados; uns pelo foco, outros por consequência daqueles
- Finda uma sessão de tratamento de um foca como vimos analisando este capítulo, convém ampliar-se as vibrações de harmonia em direção ao paciente e fazer mais alguns dispersivos. Com esses dispersivos finais, o passista estará deslocando a psi-sensibilidade do paciente para a nova linha de harmonia pós-tratamento do foco. Dessa forma, o paciente não só estará bem como sentir-se á bem
- Pode ter soado redundante dizer que o paciente estará bem e sentir-se-á bem, mas nem sempre estar bem ou mal significa sentir-se bem ou mal e vice-versa. Senão, veja-se esse exemplo : um fumante está sentindo-se mal, agitado, nervoso, pois já faz mais de uma hora que não acende um cigarro. Seu organismo, ao contrário, está sentindo-se aliviado, em recuperação, pois já faz uma hora que não é açoitado com tantos venenos cancerígenos inalados dos cigarros. Mas chega a hora em que o primeiro trago é sofregamente sorvido : o fumante passa a sentir-se bem, enquanto seu organismo reinicia sua luta para vencer o mal que adentra suas entranhas. Ou seja, quando ele sente-se mal, está melhor e quando sente-se bem está piorando

14 - AS TÉCNICAS MAIS COMUNS
14.1 - Algumas observações interessantes:
(1) Cada passista guarda características próprias. Uma delas é a maneira como registra a saída dos fluidos pelas mãos : tem os que sentem os fluidos saindo pelos dedos, são chamados de digitais e tem os que sentem a saída pelas palmas das mãos, são os palmares, e, finalmente, os que percebem a saída dos fluidos de ambas as maneiras, são os digito-palmares
(2) As técnicas do passe solicitam fluidez de movimentos, mesmo quando vigorosos. Significa dizer que devem ser evitadas contrações musculares para não haver dificuldades ou embaraços para uma boa transmissão de bioenergia
(3) Recomenda-se aos pacientes sejam evitadas as pernas e os braços cruzados, exatamente para evitar as contrações musculares
(4) Quando é explicado o movimento dos braços e mãos nas técnicas de passes, é comum encontrarmos recomendações de “fechar as mãos” antes de retornar ao ponto de aplicação do passe. Tais providências são decorrentes do temor dos magnetizadores, perfeitamente justificável, de que os passistas, em retornando as mãos com elas abertas, dêem continuidade à doação fluídica, pois isso corresponderia a uma magnetização no sentido inverso ao correto
14.2 - TÉCNICAS MAIS COMUNS
14.2.1 - IMPOSIÇÃO DAS MÃO
- Trata-se de técnica essencialmente concentradora de fluidos.
- A depender da distância da aplicação, será concentradora de ativantes (perto) ou calmante (longe)
(1) Maneira de executá-la :
- Repousa-se a(s) mão(s) sobre o ponto onde deseja-se fazer a aplicação fluídica. A(s) mão(s) deve(m) ficar aberta(s), com os dedos levemente afastados, para evitar contrações musculares. Os passistas digitais deverão deixar os dedos arquearem em direção ao ponto que será fluidificado
(2) Observações práticas
- As imposições, quando tratando de inflamações, infecções e cânceres, requerem a aplicação de dispersivos localizados (nos mesmos pontos onde foram feitas as imposições)
- Por serem concentradoras, as imposições muito prolongadas sobre o coronário, podem provocar tonturas e dores de cabeça no paciente

14.2.2 - LONGITUDINAL
- São realizadas com movimento
1 - Padrões pela combinação da velocidade e distância :
Próximo Distante
Lento Concentradora de ativante Concentradora de calmante
Rápido Dispersivo de ativante Dispersivo de calmante

- Eles são poucos eficientes quando aplicados em regiões pequenas, sendo mais indicados para grandes regiões
2 - Maneira de executar
- É bastante variada, mas a ideia básica é passar a(s) mão(s) ao longo do corpo ou da região que se queira fluidificar. A distância e a velocidade dependerão dos propósitos a serem atendidos pelo passe

3 - Observações práticas
(1) Quando usados como dispersivos gerais, são excelentes para promover a distribuição e introjeção de fluidos concentrados para absorção pelo paciente, mas para resolver problemas de transe mediúnico, hipnótico ou sonambúlico, seu efeito é lento e requer muita movimentação
(2) Outra grande vantagem dos longitudinais é que, por sua versatilidade, podemos fazer uso dessa técnica para atender a praticamente todos os casos de fluidificação
14.2.3 - TRANSVERSAL
- Técnica essencialmente dispersiva é, por esse fato, muito eficiente quando aplicada com conhecimento
1 - Maneira de executar :
(1) basicamente, funciona com os braços (distendidos paralelamente) e as mãos voltadas em direção ao ponto que se deseja dispersar, abrindo-os em seguida, com rapidez e vigor
(2) Os passistas digitais estarão com os dedos apontados para o local onde haverá a dispersão, enquanto os passistas palmares voltarão as palmas de suas mãos
(3) Depois de abertos os braços, recomenda-se fechar as mãos, retornando-as ao ponto onde se deseje fazer nova dispersão
- Sua ação é muito efetiva quando se requer uma dispersão muito intensa, tanto no sentido de introjetar fluidos concentrados quanto para desfazer o estado de transe do paciente
2 - Observações práticas
(1) No caso de dispersão em paciente que acabou de incorporar (manifestação psicofônica) ou que esteve sob efeito de hipnose ou sonambulismo e está sentindo dificuldade de retornar ao domínio da própria consciência, o transversal deve ser aplicado sobre o frontal, com bastante vigor
(2) Por motivo de espaço, os passistas poderão reduzir a abertura dos braços, dobrando-os, parcialmente, diminuindo a amplitude do movimento, apesar da eficiência da técnica ficar comprometida, perdendo mais da metade de seu efeito quando executado com essa medida

14.2.4 - PERPENDICULAR
- Praticamente usada para dispersar, onde seu poder é mais consistente, podendo ser útil, também, em concentrações fluídicas em grandes regiões. Para tanto, deve ser aplicada com velocidade muito lenta
1 - Maneira de executar :
(1) O paciente deve ficar em ângulo reto com o passista
(2) O passista deverá passar as mãos, simultaneamente, uma pela frente e outra pelas costas, perpendicularmente, sempre no sentido da cabeça aos pés, com rapidez
(3) Quando se for usar o perpendicular como concentrador, sua aplicação deverá ser feita com a movimentação das mãos em velocidade muito lenta (em média, mais de 8 segundos num percurso da cabeça aos pés)
2 - Inconvenientes :
(1) A necessidade do passista ter que girar em torno do paciente para formar o ângulo adequado da aplicação
(2) A pouca aplicabilidade em pacientes que não estejam em pé
- Apesar desses inconvenientes, o fator de dispersão obtido por essa técnica, elevado, indica seu uso em muitos casos
3 - Observações práticas
(1) O fato da perpendicular usar uma das mãos passando pelas costas do paciente, nesta região deve haver Centros Vitais secundários de relevância ou extensões captadoras dos Centros localizados à frente. Esse raciocínio justifica o fato de n as Reuniões Mediúnicas os passistas atenderem os companheiros em trabalho mediúnico pelas costas, com resultados satisfatórios
- Percebemos que a maioria das imposições feitas no sentido de facilitar as manifestações mediúnicas são, quando não sobre o coronário, sobre a região do umeral
(2) Pode ser aplicado o passe com o paciente estando deitado, se bem que os inconvenientes naturais serão de maior monta
14.2.5 - CIRCULAR
- É a técnica que usa de movimentos circulares, definida por características concentradoras, mesmo quando feita com giros mais rápidos
1 - MANEIRA DE EXECUTAR
1.1 - Circulares propriamente ditos :
- São executados com a(s) mão(s), sem movimentos do(s) braço(s)
- Como esses passes são, além de concentrados, muito ativantes, normalmente são aplicados muito próximos ao ponto que se deseja realizá-los
- Os dedos ficam levemente arqueados em direção a esse ponto, com a palma girando, sempre no sentido horário
- Quando a mão realiza um giro, retorna-se a mesma fechando-a, suspendendo-a na amplitude que a munheca permite, já que o braço, em tese, não deverá mover-se, e reinicia-se o círculo outra vez, repetindo o processo até que a fluidificação esteja concluída
1.2 - Aflorações :
- Solicitam movimento do braço e antebraço
- Normalmente, as mãos ficam espalmadas, sem contração, ou com os dedos levemente arqueados
- Como se destina a atendimento a grandes regiões, age-se fazendo girar o braço sobre a região a ser tratada, sempre no sentido horário e a pequena distância
1.2.1 - Observações práticas :
(1) Esses passes são muito eficientes em processos de inflamação em pequenas regiões, além dos problemas digestivos e dos males em geral do baixo ventre
(2) lembrar-se que o circular em sentido anti-horário causa congestão fluídica no paciente, provocando mal-estares
15 - AS FUNÇÕES DOS DISPERSIVOS
(1) Os dispersivos “fazem ir para diferentes” Centros Vitais os concentrados fluídicos
(2) “Espalham” e “desfazem” congestões fluídicas
(3) Promovem a saída agregados fluídos perniciosos
(4) Desviam para diversos pontos e Centros Vitais, os fluidos, concentrados ou não
(5) “Compactam” os fluidos para processos que, por falta de melhor nomenclatura, denominamos “ruminação fluídica”, onde os fluidos ficam “armazenados” nas periferias dos Centros Vitais para “consumo! gradual pelo paciente
(6) “Catalizam” fluidos, aumentando seu poder e velocidade de penetração, alcance e transferência entre Centros Vitais
(7) “Decantam” os fluidos, retirando impurezas e refinando a textura dos mesmos
(8) Elimina os excessos de concentrados fluídicos
(9) Resolve desarmonias provocadas por fadigas fluídicas
(10) Corrige eventuais equívocos no uso de técnica
(11) Redireciona cargas fluídicas entre os Centros Vitais
- Mediante tão rico conjunto de possibilidades, parece incrível que muitos espíritas ainda teimem em não fazer uso de técnicas dispersivas, apenas alegando riscos de ritualismo
- Os dispersivos “extraem” excessos fluídicos, mas não extraem ou arrancam os fluidos que foram aplicados, como supõem alguns, nem muito menos joga-os fora. Os excessos são extraídos exatamente porque não estão combinados, casados ou arquivados, daí a maleabilidade em seus manuseios

16 - OS CUIDADOS COM A FADIGA FLUÍDICA
- A despeito das evidências, alguns companheiros de Doutrina insistem em desconhecer a realidade das chamadas “fadigas fluídicas”
- Para efeito de raciocínio e levando em conta apenas as origens dos fluidos espirituais e humanos, se considerarmos dois passistas em condições físicas semelhantes, mas que na veiculação do passe reajam cada um como numa das colocações acima propostas, nos restarão poucas hipóteses para explicar o fenômeno, dentre as quais destacamos :
(1) O que não se cansa está funcionando como “canal” de energias espirituais, enquanto o segundo estará doando primordialmente o seu magnetismo
- A doação ou a transmissão dos fluidos espirituais não cansam nem geram fadiga, em oposição ao que ocorre com a doação das energias anímicas
(2) O primeiro, mesmo quando doando “energias” próprias, o faz em pequenas dosagens, enquanto o outro em larga escala
- O desgaste é proporcional à quantidade de energia gasta
(3) Aquele que não se fadiga tem a capacidade de se recompor rapidamente; o outro não tem essa facilidade natural
- Como o organismo físico é o grande responsável pela recuperação das “energias anímicas” consumidas, através de uma “usinagem” própria. E essa “usinagem” normalmente depende das condições temporais, alimentares e de respiração, torna-se pouco provável o reabastecimento energético em regime de imediatismo
(4) Mesmo os dois doando em igualdade de condições, o primeiro deve ter um potencial fluídico muito maior que o segundo
- Mesmo doando muito, se se tem muita reserva fluídica, pouco se cansa, caso contrário, vem a fadiga
Reconhecimento da origem dos fluidos
(1) Quando as “energias” são anímicas (processo de usinagem exoérgico), é comum sentirmos alguns plexos funcionando mais ativamente, especialmente o laríngeo, o cardíaco, o gástrico e o esplênico. Exoérgico significa que liberta “energias” interiores
(2)Quando as “energias são espirituais (que, em relação ao passista, seria um processo endoérgico), normalmente sentimos a ação do coronário mais efetiva, como se recebêssemos uma “chuva de flocos sutis” no alto da cabeça e o escorrer de uma suave “energia” pelas mãos e dedos em direção do paciente


Como saber o quanto estamos doando de energias magnéticas (anímicas):
(1) Se, após uma sessão de aplicação de passes e um comportamento alimentar e de repouso normal, no dia seguinte amanhecermos com uma sensação de “ressaca”, com ânsias, desgastes musculares, dores nas articulações, enxaqueca, cãimbras, sonolência excessiva, falta de apetite, é sinal de que houve um dispêndio de fluidos além do recomendado, tanto que o organismo não conseguiu se recompor
(2) Mesmo não tendo esse registro mais imediato, se após algum período, semanas ou meses, de prática de passes, começar a sentir dores nas articulações e plexos, como se fossem dores reumáticas, ou câimbras e dores musculares que vão aumentando e aparecendo com uma frequência acima do normal, é forte indicativo de que está havendo um acúmulo de perdas fluídicas indevido, carecendo o passista, portanto, de um imediato refazimento
- O controle da emissão fluídica se adquire com a prática. Para os neófitos, entretanto, recomendamos nunca se aventurar a aplicar mais que cinco passes por sessão durante um determinado período, que pode variar de um a seis meses, atoe que se adquira confiança na prática e o reconhecimento da origem dos fluidos
- Para os praticantes que já se reconhecem como grandes doadores magnéticos, esse controle se dá tanto por indução mental - “Vou ter domínio e só doar até tal ponto”

17 - O PASSISTA E AS DORES DO PACIENTE
17.1 - Situações na qual o passista fica descompensado durante o passe
(1) Ele absorveu ou reteve certa quantidade de emanações fluídicas advindas do paciente quando o correto seria tê-las dispersado
(2) O passista doou fluidos em excesso
(3) Pelo semi-transe facultado na hora do passe, o passista assimilou partes do campo fluídico de alguma(s) entidade(s) que acompanhava(m) o paciente
- Os Centros Vitais também são conhecidos e reconhecidos como captadores de fluidos; por eles fazerem penetrar os fluidos no paciente. Ocorre que a experiência vem demonstrando que, no paciente, a quantidade de fluidos e a velocidade com que são captados pelos Centros Vitais não é a mesma com que são transmitidos aos campos mais internos do organismo. Na prática, havendo grande transmissão fluídica de uma só vez, isso corresponderá a algo semelhante a uma “congestão fluídica”, provocando mal-estar no paciente e, por reflexo fluídico, desconforto no passista
- Portanto, ocorrendo esse fenômeno de “aparente” congestão fluídica, o passista fica ressentido de uma harmonia e de um equilíbrio, provocando interferências sem seus sentidos comuns. Levado o passe até o final nessa condicional, o paciente provavelmente sairá da cabine com tonturas, enjôos ou se sentindo aéreo e o passista, dependendo de sua sensibilidade, registrará uma desarmonia, variando da sensação de vazio, tontura, dor de cabeça, ardor nos olhos, até ânsias de vômito, câimbras, tremores, taquicardias e/ou dores e mal-estares semelhantes aos do paciente
- Ilustrando o caso com mais uma analogia, imaginemos uma peneira, onde devemos despejar certa quantidade de produto a ser peneirado. Se despejarmos todo o produto na peneira, com esta parada, apenas uma pequena parte do produto será peneirada enquanto o restante simplesmente vedará a peneira
- O passista doou fluidos, é inegável, mas de tanto concentrá-los, “vedou” o Centro Vital do paciente
- Para esse caso específico - grandes doações fluídicas a um mesmo paciente -, o uso intercalado das técnicas dispersivas são fundamentais, como por exemplo : Quando um paciente está muito descompensado fluidicamente, requerendo uma carga fluídica muito grande, o passista, ainda que não tenha desenvolvido um “tato-magnético” específico, sentirá como “algo lhe puxando, lhe sugando fluidicamente” em direção ao paciente. Assim, ocorrendo essa “sucção” magnética, o passista faz pequenas concentrações fluídicas(imposições ou movimentos com velocidade lenta) intercaladas com dispersivos localizados (movimentos com rapidez)
- Retornando à analogia da peneira, tal procedimento (dispersivo) corresponderia ao peneirador agitar a peneira, de preferência de maneira intercalada, ou seja, colocando um pouco do produto na peneira, agitando-a em seguida, voltando a abastecê-la com mais um pouco do produto, agitando-a novamente, e assim até o fim. Na analogia, a agitação da peneira corresponde à aplicação dos dispersivos



18 - A ÁGUA FLUIDIFICADA
- Sua ação, como coadjuvante nos tratamentos fluídicos, é de fundamental importância. Seja pelo processo de assimilação direta de suas cargas fluídicas pelos órgãos, seja pela manutenção ou complementação de cargas fluídicas entre os períodos que intermedeiam novos passes, a ingestão da água fluidificada indica uma elevação bastante significativa nos níveis de melhora dos tratamentos em relação àqueles outros que não a empregam
18.1 - FLUIDIFICAÇÃO ESPIRITUAL
- Os fluidos provêm, predominantemente, do Mundo Espiritual, com ou sem intermediação de um médium, magnetizador ou passista
- O passista pouco tem a ofertar de si mesmo, a não ser as vibrações de paz, amor e harmonia, todo um processo de oração favorável a uma boa fluidificação e o que convencionamos chamar de cola-psíquica
- Como realizar a fluidificação espiritual da água
(1) fluidificação de forma direta:
- Basta que se coloque o(s) recipiente(s) com a água para fluidificar em lugar determinado para tal tarefa e que se solicite, por prece sincera e mentalmente, aos espíritos que providenciem a fluidificação da água ali depositada
(2) Utilizando passistas
- Cabe ao passista, além das orações e boas vibrações, impor a(s) mão(s) sobre o(s) frasco(s) com água, por um tempo que ,em média, não ultrapasse a dois minutos
- Até para eventualmente aproveitarem algum composto mais denso dos fluidos humanos (do passista)
18.2 - FLUIDIFICAÇÃO MAGNÉTICA (HUMANA)
Como realizar a fluidificação magnética da água (Humana)
- Os fluidos provêm, basicamente, do(s) magnetizador(es) ou passista(s), pois a participação do passista(s) é bem mais efetiva que no caso anterior. Ele usinará fluidos para exteriorização e perceberá, com muito maior nitidez, o fluir desses fluidos por seus pólos de exteriorização, normalmente a(s) mão(s)
- A fluidificação magnética também se faz por imposição de mão(s). Visualmente, portanto, não há diferença da fluidificação espiritual. A diferença básica está exatamente na origem dos fluidos e muitas vezes, também, se diferencia pelo fata da fluidificação magnética ser um pouco mais demorada e fatigante, quando excessiva
- Outra diferença significativa é que na fluidificação espiritual o passista normalmente apenas percebe um sutil trânsito de fluidos acessando-o pelo coronário e atravessando-lhe os pólos emissores enquanto que na magnética, além de sentir suas usinas fluídicas em plena ação, é comum sentirem variações de sensibilidade, tais como : aquecimento, esfriamento, tremor ou formigamento nas mãos e/ou dedos, paladar variando à medida em que fluidifica vasilhames de pacientes diferentes, odor aguçado com variações à medida em que fluidifica (cheiro de flores, terra molhada, chás, defumados, perfumes, medicamentos diversos,etc)
18.3 - FLUIDIFICAÇÃO GERAL
- É aquela que não tem uma particularidade a ser atendida, que não seja a de renovar ou fortalecer o campo fluídico do(s) paciente(s) em geral
- Na maioria das vezes, essa fluidificação é espiritual
- Pode ser sorvida por qualquer pessoa
18.4 - FLUIDIFICAÇÃO ESPECÍFICA
- É aquela que tem destino próprio, tanto em termos de paciente quanto para atendimento de determinado problema. Na maioria das vezes, essa fluidificação é magnética (humana), apesar do mundo espiritual estar sempre presente
- A água fluidificada específica, salvo as exceções, não deve ser sorvida por quem não esteja diretamente indicado para tal, pois ocorre que nessa fluidificação muitas vezes são produzidas mudanças profundas na estrutura fluídica com repercussão bastante acentuada no corpo do paciente
- O fato de haver fluidificação específica, é que nos leva a recomendar que as pessoas, quando levarem seus vasilhames à fluidificação, aponham-lhes etiquetas ou detalhes de identificação, a fim de não haver troca na hora da retirada ou recebimento dos mesmos

18.5 - OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES :
(1) As imposições sobre os vasilhames com água também atendem aos princípios da naturalidade de exteriorização fluídica do passista. Se ele é digital, os dedos tenderão a arquear em, direção aos vasilhames, Se ele é palmar, os dedos ficarão normalmente estendidos e as palmas das mãos voltadas aos vasilhames
(2) Não há necessidade de se fazer técnicas “dispersivas”, mas sim “Concentradas”
(3) Lembrar sempre de agradecer a Deus por todas as bênçãos recebidas, inclusive pelos benefícios que serão auferidos na ingestão daquela água
(4) Por ocasião da fluidificação no “Evangelho no Lar”, solicitar aos espíritos a interferência fluídica a nosso favor
(5) Não estranhar eventuais reações como enjôos ou tonturas durante a ingestão da água. Persistindo o mal-estar, diminuir as quantidades ingeridas. Se continuar mesmo assim, solicitar na Casa Espírita passes dispersivos e leve outro vasilhame para nova fluidificação











SÉRIES PSICOLÓGICAS JOANNA DE ÂNGELIS - A LUTA ENTRE O EGO E O SELF
1 - ATRIBUTOS DA DIVINDADE
- Trazemos inerentes a nossa essência esta potencialidade de uma semente que traz os atributos da Divindade em nós mesmos. A vida na Terra nos propicia essa oportunidade
- Através o nosso Livre Arbítrio fazemos escolhas que não atendem às nossas necessidades
2 - ESTADO DE INDIVIDUAÇÃO
- A luta entre o EGO e o SELF, ou seja, da aparência que estamos ou da busca da essência daquilo que devemos buscar em nós mesmos
- Esta luta eterna entre o SELF e o EGO vai até encontrarmos o estado de “individuação”, ou seja, atingirmos a Plenitude
3 - JAMES HILLMAN - Autor Indiano (do Livro : “O código do ser”)
- “Creio que nossa verdadeira biografia foi roubada... e o nosso grande e verdadeiro trabalho será resgatá-la”
- Se nós temos no SELF essa força de orientação interna e o EGO, esse mordomo que serve para estruturar-se em harmonia, porque nós nos perdemos tanto naquilo que é efêmero, aparente, perdendo as oportunidades de realizar aquilo que nos trará, efetivamente, a Plenitude

4 - JOANNA DE ÂNGELIS ( Livro: “Em busca da Verdade”)
4.1 - Cap 1
“O objetivo essencial da existência humana, do ponto de vista psicológico, na visão Junguiana, é facultada ao indivíduo a aquisição da totalidade, o estado numinoso, que lhe faculta o perfeito equilíbrio dos polos opostos”
- Segundo Joanna, nós vivemos hoje uma vida parcial, parte daquilo que podemos ser, daquilo que podemos construir na nossa existência, e o nosso grande objetivo é chegarmos a totalidade
- Têm pessoas que estão tão centradas no EGO, que não conseguem perceber a realidade da vida. A sua vida passa a ser o problema que ela vive naquele instante
- Isso nós vemos, reiteradamente, em toda parte, pessoas que se queixam e não estão vivendo o problema, pois elas são o problema. Elas se tornam problema, porque o problema toma uma dimensão tão grande na vida delas, que aquele ponto de desafio do EGO faz com que ela não perceba a grandeza que ela é parte, ou seja, ela vive aprisionada na pequena parteé parte, ou seja, ela vive aprisionada na pequena parte
- Existe essa semente Divina, o SELF que impulsiona a auto-realização, mas enquanto não fazemos essa trajetória do EGO para cuidar dessa parte, dessa dimensão, a nossa vida vai variando de problema em problema
- Achamos que o EGO é problema, mas não é, pois o problema é a atitude egocêntrica, é o egoísmo, é o EGO desestruturado, que não se harmoniza com o SELF, que não houve os apelos da própria alma para trazer a tona seus próprios valores existenciais

4.2 - Cap 10
- “Segundo a opinião do eminente JUNG:...dentro da alma, desde suas origens primordiais, têm havido um desejo de luz e uma ânsia incontida para debelar as sombras primordiais... a noite psíquica primordial... é hoje a mesma que a de incontáveis milhões de anos passados. O anseio pela luz e o anseio pela consciência
- JUNG nos ensina que esse anseio é o mesmo daquele homem que vivia há milhões de anos passados, que traziam em si os mesmos anseios da luz, sendo guiados pelo instinto, através de gerações e gerações
- De um lado temos o impulso para a luz, e do outro lado o SELF aguardando que o EGO esteja devidamente preparado e estruturado para serví-lo

4.3 - Cap 2
- “O EGO deve estruturar-se para adquirir consciência da sua realidade não conflitando com o SELF que o direciona, única maneira de libertar a Sombra”
- Joanna de Ângelis nos chama atenção que o EGO deve estrurar-se. Ouvimos que o EGO tem que ser destruído. Não façamos isso, senão viraremos todos esquizofrênicos, perdendo o senso de identidade
- Devemos estruturar o EGO para que ele vivencie a realidade profunda que nós somos, porque é através da nossa identidade provisória que nós vivenciamos o que é mais profundo em nós
- O problema não é o EGO, é o egoísmo que faz com que pensemos que somos a pessoa mais importante e que os outros não merecem respeito, que faz com que passemos a servir nossos anseios, não da alma, mas os anseios que a cultura e a mídia nos vendem, tudo que nos é trazido de fora, como muito importante, e que são como placas que desviam atenção do nosso próprio caminho e, assim, vamos nos perdendo
- A psicologia descobriu, no início do século passado, e através de um dos sobrinhos de Freud foi o responsável, nos EUA, para ajudar as empresas de marketing a transformar desejos em necessidades
- Assim caímos na armadilha, pois só seremos felizes quando tivermos aquele “Carrão dirigidos por atores e atrizes de boas aparências, bonitos, quando, também, morarmos naquele condomínio luxuoso.
- Ledo engano do EGO, porque a felicidade é inerente à conquistq do próprio significado de vida. Não é que neguemos o valor dos bens, mas que não deixemos nos escravizar a eles
- As ilusões da vida é que faz com que a nossa vida fique egocêntrica, centrada nos anseios e desejos do EGO, e se perca da trajetória, conflitando com o SELF que deve nos direcionar
- A vida chama a atenção, traz crises, como se fossem placas luminosas, cg
chamando atenção no rumo a ser seguido, mas deixamos de lado, perdendo excelentes oportunidades de crescimento pessoal, de auto-conhecimento, de renovação interior, porque os apelos do Ego são muitos intensos para as nossas sensações
- Treinamo-nos a viver nas sensações e não exercitamos a vivência nos sentimentos profundos, na gratidão, na gentileza, na benevolência, na caridade, como forma de, exercitando esses sentimentos, aproximar-se da história da nossa própria alma

4.4 - Cap 2
- “Dominador o EGO marcara-se no personalismo, em que se refugiam as heranças grosseiras, que levam o indivíduo à prepotência, à dominação dos outros, em face da dificuldade de fazê-lo em relação a si mesmo, isto é, libertar-se da situação deplorável em que se encontra
- Essa é uma outra atitude equivocada do EGO. Achamos que para nos tornar pessoas bem sucedidas, devemos nos sobrepujar nosso próximo, devemos nos tornar autoritários, envolvidos pelo complexo do poder
- Nos apoderamos de coisas, de vidas, de pessoas, mas por trás do complexo de poder, existe alguém que teme a própria existência, porque aquilo que fica exacerbado na nossa forma de ser na convivência, o lado oposto existe na nossa sombra
- Por isso, por trás das pessoas autoritárias, existe muito medo, muita insegurança, e se tornam as chamadas pessoas “paredes”, que nada os atinge , porque estão distantes de si mesmo, como diz JOANNA : “em face da dificuldade em fazê-lo em relação a si mesmo, dominar os próprios impulsos, transformar a própria história, transformar a própria realidade instintiva, não no sentido de negá-la, mas no saber usufruir o melhor que o instinto pode nos trazer. Escutar o instinto, mas não seguir uma vida instintiva, o que é bem diferente
- Quando não temos o EGO estruturado, queremos dominar as pessoas, pois queremos que elas tenham as mesmas vontades que tenho, têm que seguir a minha ordem, fazer o que eu mando
- Quando essas pessoas encontram outras com complexo de inferioridade, vão criando um ambiente onde dão vasão a sua sombra, alimentada pela sombra do outro, que não tem auto-estima suficiente para fazer as próprias escolhas
- São dois polos opostos que precisam se unificar, que precisam ser trabalhados, que precisam estar harmonizados com o SELF, mas que se perdem nessa atitude arbitrária, nessa prepotência
- Por isso JUNG diz que onde houver ânsia de poder, não há amor, porque quem ama liberta, não quer fazer o outro escolher coisas que sejam boas para mim, porque sabe que cada um tem a própria consciência
- Complementa JUNG : “Que onde existe amor, não há ânsia de poder. Eu posso propor, eu posso convidar, dialogar com minhas idéias, mas não impô-las com respeito ao próximo e ao seu Livre Arbítrio

5 - JAMES HILLMAN ( Livro : “O Código do ser”, Cap 16)
- “Quanto mais minha vida for explicada pelo que já ocorreu em meus cromossomas, pelo que meus pais fizeram ou deixaram de fazer, e pelos anos remotos de minha infância, tanto mais minha biografia será a história de uma vítima”
- O autor acima relata essa postura de vitimação, que é uma outra luta entre o EGO e o SELF, aquele que se considera vítima da vida
- Têm pessoas que gostam de ficar nessa condição de “coitadinhas”. Não há nada que se diga a elas que elas aceitem, pois dizem quem com elas não funciona, pois querem que se tenha pena delas
- Quando nos colocamos em situação de vítimas, desistimos de extrair de nós mesmos, a força para vencer, a força para construir o novo, para transformar problemas em lições de vida, em experiências
- E se o problema não puder ser solucionado, entregar a própria vida e receber como uma lição de vida profunda, que a existência lhes traz, e que será importante para o espírito
- Quantas vezes essa postura de vítima ainda faz parte dessa minha atitude egóica
- O EGO vitimizado, não faz o esforço necessário para extrair as próprias forças e trazer a solução, fazendo com que aquela nossa biografia perdida seja um processo de “vitimização”
- é preciso que nós cresçamos, assumindo que a vida traz para nós tudo aquilo que necessitamos para o desenvolvimento daquela semente que nós somos, da semente que nós devemos realizar no nosso dia-a-dia com nossas atitudes e com nossas escolhas

6 - CARL GUSTAV JUNG (Livro : “O Eu e o Inconsciente”, pag 154 )
- “Quando o Eu (EGO) é idêntico à persona, a individualidade é totalmente reprimida e toda a psique consciente torna-se coletiva. Isto representa o máximo de adaptação à própria individualidade”
- JUNG fala da “Persona”, e ela é a máscara que nós utilizamos na vida social. Ela é importante em alguns momentos
- Mas o problema não é a “Persona” em si, mas quando acreditamos que somos aquela ‘PERSONA”, e não somos realmente. Ela serve somente para me identificar e eu acredito que sou a “Persona”, ou então, por não ter contato com a própria realidade, eu sou o que as pessoas esperam que eu seja, eu estou distante de mim mesmo
- É o que Joanna de Ângelis chama de “Homens espelhos”, os quais criam os modismos por falta de identidade e nos adaptam à coletividade. É um processo de “massificação”
- A “massificação” vai nos colocando padrões, tendências, desejos e, na maioria da vezes, é patológico

7 - JOANNA DE ÂNGELIS
7.1 - Livro : “Em busca da Verdade”, Cap 1
- “A Sombra existente no ser Humano não deve ser combatida, senão diluída pela integração na sua realidade existencial. Ela desempenha, portanto, um papel fundamental no equilíbrio entre o EGO e o SELF, no que resulta a unificação também dos polos quando se consegue a sua diluição”
- Passadas aquelas atitudes equivocadas do EGO, quando começo a entrar em contato com a minha Sombra, que parece algo tão temeroso, mas não é
- A Sombra é aquilo que eu desconheço em mim, como aquele quarto trancado que eu devo abrir e colocar luz para conhecer o que está alí dentro. São as nossas aptidões, qualidades, mas comportamentos equivocados, também
- Eu preciso conhecê-los para que a minha vida não seja determinada pela Sombra densa e que eu esqueça os valores que alí se encontram. Por isso, ela não deve ser negada, senão diluída, integrada em nossa personalidade, como que trazendo de volta aqueles valores que foram esquecidos
- Quantas pessoas descobrem aptidões depois da fase madura, como cantar, tocar música, etc
- para o SELF todos os momentos são de descobertas, não interessando se vamos morrer agora ou depois, pois para ele o EGO já morreu tantas vezes e morrerá mais tantas outras e o elo de conecção permanecerá vivo
- Por isso, uma atitude equilibrada do EGO que busque a própria Sombra, vai fortalecendo o eixo EGO-SELF, esta ponte de ligação que nós perdemos muitas vezes e vamos deixando de lado
7.2 - LIVRO : “JESUS E O EVANGELHO À LUZ DA PSICOLOGIA PROFUNDA”, (Pag 112)
- “ O EGO em predomínio cede espaço ao SELF que se encarrega de conduzir os pensamentos, ideais e esperanças necessárias para alcançar a meta a que está destinado”
- Quando o EGO consegue perceber o estado no qual se encontra, seja o complexo de poder, essa vontade de sobrepujar a nossa vontade nos outros, seja o complexo de Inferioridade quando o EGO se coloca na condição de insubmisso e vai deixando que os outros escolham por nós, seja o EGO “vitimizado”, que se coloca no papel de “coitadinho” de mim, de vítima da vida, de seus próprios gens, da sua família, da sua cultura, esquece de fazer a suas próprias escolhas
- Quando vamos deixando de lado esses papéis, assumindo a responsabilidade, o EGO vai cedendo espaço e o SELF se encarrega de conduzir as intuições que surgem, os pensamentos que começam a se articular, sonhos que aparecem em nossa vida, pessoas que, através da sincronicidade, as “Coincidências” da vida que vão sinalizando, para que a gente volte para aquela estrada principal, que nunca deveríamos ter deixado, e o SELF passa a conduzir nossa vida
- Não é uma vida feita de desafios, porque para a realização, o SELF precisa que o EGO enfrente desafios, precisa que enfrente provas, obstáculos para que se fortaleçam, que adquira forças de enfrentar tudo o que pode acontecer na vida, mas que deve servir de propósito de auto-iluminação

8 - CARL GUSTAV JUNG (AION, Pag 156
“A consciência do homem foi criada com a finalidade de :
(1) Reconhecer que sua existência provém de uma unidade superior
(2) Dedicar a esta fonte a devida e cuidadosa consideração
(3) Executar as ordens emanadas desta fonte, de forma inteligente e responsável
(4) Por conseguinte, proporcionar um grau ótimo de vida e de possibilidade de desenvolvimento à totalidade da psique”
- Jung chama o SELF de a imagem Divina que existe no homem. O centro regulador que nos direciona, que nos impulsiona, que nos alimenta, desde que o EGO tenha uma atitude com patível para aproveitar esse impulso
- Quando o EGO está estruturado, esse processo se dá de forma consciente. Quando não está estruturado, o trabalho do SELF é fazer com que ele , através das crises, retorne ao ponto ideal para reconhecer essa existência superior, descobrir a semente que nele existe, e realizar todo o processo que a sua semente nos chama, para que ele possa, num segundo ponto, dedicar a esta fonte a devida e cuidadosa consideração
- Imaginemos que esse encontro do SELF como uma gestação. E a própria ideia da semente nos traz isso. Ela vai gerando, seja na Terra, seja na mulher, aquele fruto, aquela criança que surgirá
- Devemos fazer as seguintes reflexões :
(1) Como está o processo de gestação do SELF em mim
(2) Eu tenho uma atitude retrospectiva, reflexiva a respeito da vida
(3) Eu dedico tempo para o meu auto-aprimoramento
(4) Eu verifico meu comportamento e sei avaliar quando ele está inadequado
(5) Quando as minhas emoções entram em descontrole
- Dedicar a atenção a fonte é isso. Não é somente estar numa religião, porque frequentar um templo religioso é muito fácil. O mais difícil é fazer uma conexão religiosa consigo mesmo, estudar a própria alma, ouvir a si mesmo
- Gostamos tanto de ouvir as lições da Espiritualidade, mas temos tempo de escutar a própria intuição? Ou mesmo as respostas que a Espiritualidade nos traz e pô-las em prática no nossa dia-a-dia, ou queremos ainda respostas prontas?
- E quando dedicamos a essa fonte a devida eacuidadosa atenção. Chegamos “a executar as ordens emanadas dessa fonte, de forma inteligente e responsável
- Seguir e escutar a própria intuição. Quantas vezes nós nos arrependemos por não escutar a própria intuição e tivemos que escolher de forma equivocada e, assim, vivenciar crises e dores, porque ainda não a executamos e, também, porque somos influenciados pelos espíritos inferiores
- Por isso, temos de fazer contato com a própria Sombra, para que todo esse campo se harmonize e eu possa executar de forma inteligente e responsável, mesmo que o meu caminho seja diferente da maioria
- A individuação seria comparável com a “Porta Estreita”, na qual cada um passa individualmente de cada vez, através de sua consciência, como sendo o meu caminho, o meu molde
- Entretanto, me desvio e sigo a maioria, pela “Porta Larga”, a mais fácil, pois, assim, não me preocupo com as minhas escolhas e sigo amparado pelos outros











INFÂNCIA E MEDIUNIDADE (François Rabelais, psicografia de Rafael Figueiredo)
CAP 01 - UMA MEDIUNIDADE EM DESCONTROLE
- Como sabemos, crianças até mais ou menos a idade de sete anos encontram-se em finalização do processo biológico de reencarnação. Assim como as pessoas idosas, que se aproximam do desencarne pela falência orgânica, encontram-se mais sensíveis à influência espiritual (essa afirmação é fornecida pelo espírito André Luiz, na obra “Missionários da Luz”)
- Todos os seres humanos possuem sensibilidade para travar relação com a espiritualidade. Esta capacidade mediúnica é, previamente, planejada antes de darmos início ao processo reencarnatório
- Com relação à mediunidade, é na Doutrina Espírita, principalmente, que existe a possibilidade de esclarecimento
- Estudar a mediunidade com seriedade nos permite compreender e exercitar o dom mediúnico manifesto, deixando de ser reféns dos fenômenos espirituais, canalizando-os em atividades construtivas
- As lições Evangélicas, o aprendizado moralizador, o convívio saudável em família, permitem uma tranquilidade nas relações mediúnicas pela sintonia estabelecida
- A falta de conhecimento das questões espirituais que envolvem os seres humanos, por parte dos médicos, por diversas vezes, causam erros de avaliação. Desconhecem a maioria dos psicólogos e psiquiatras, que, uma porção muito elevada dos transtornos de personalidade tem participação de personagens desencarnadas, atuando sobre o paciente.
- E que os mesmos desencarnados também precisam de auxílio, muitas vezes, divertindo-se com a dificuldade de diagnosticar o problema. Causam estas dificuldades quando se aproximam e se afastam dos pacientes, confundindo a possibilidade de um diagnóstico preciso



CAP 2 - SURGE UMA ESPERANÇA
- A falta de informação nos faz pensar que a ausência de sintomas significa um restabelecimento, quando em muitos casos o mundo íntimo do doente encontra-se em ebulição contida. Contenção essa que, forçosamente obtida por intermédio de medicação. Pode culminar em uma violenta erupção no futuro
- Em certos momentos preferimos imaginar que o doente está bem, escondendo os sintomas por egoísmo; muitas vezes não estamos pensando realmente em aliviar o doente e sim em exterminar a situação que nos incomoda pela constante observação da agonia do enfermo
- Os obsessores agem pela crença de estarem fazendo justiça. Há uma tendência natural nos sentirmos injustiçados por não conseguirmos vislumbrar toda a situação que nos envolve, pois não conseguimos perceber o que fizemos no passado para merecer o que vivemos no presente e, assim, acabamos por assumir o papel de vítimas perante a vida

CAP 3 - DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM (DEMÊNCIA)
- Um dos grandes problemas dos pais é de que eles estão, constantemente, comparando sua situação na infância com a de seus filhos, desejando o bem estar deles, mas cobram que os mesmos correspondam às suas expectativas, pressionando em demasia a estrutura emocional em formação das crianças
- Precisamos nos lembrar de que estamos lidando com seres extremamente antigos vestindo momentaneamente um corpo infantilizado, e que, sendo assim, trazem consigo uma enorme bagagem emocional, aspirações, inclinações e dificuldades muito particulares
- O papel dos pais é conduzir moralmente o amadurecimento dos pequeninos, sem querer transformá-los no que não são. Podando, sim, as inclinações negativas e estimulando a moralidade e a educação construtiva
- O animismo é fenômeno que difere da mediunidade em termos conceituais, mas que na essência tem igualmente sua origem numa faculdade do espírito. O que diferencia estes fenômenos conceitualmente é o fato de existir ou não a participação de um agente externo, no caso um espírito, sensibilizando o sensitivo
- A mediunidade exige a participação de um espírito que não seja o do próprio médium, o animismo refere-se ao afloramento da sensibilidade perceptiva por parte do próprio espírito, que interage diretamente no processo
- Muitos foram os considerados gênios pela humanidade que utilizaram a sensibilidade anímica para dar cumprimento aos seus legados, intelectuais e artísticos. É correto afirmar que esses grandes vultos da Humanidade contavam com grande amparo espiritual
- Não devemos estimular o exercício da faculdade mediúnica naqueles que ainda não possuem a devida maturidade para compreender o tamanho da responsabilidade que abraçam e que essa prática pode lhes trazer grandes benefícios ou graves prejuízos, dependendo da forma como é conduzida

CAP 4 - EM AMBIENTE ESCOLAR
- Temos visto com bastante frequência em nossa escola a falta de participação dos pais na educação dos filhos. Vemos crianças que acabam sendo compradas, como se valores financeiros pudessem suprir a falta que sentem do carinho familiar
- Sentindo culpados, os pais têm deixado de impor limites aos filhos, dando a eles tudo o que pedem, prejudicando acentuadamente sua educação para o convívio em sociedade
- Existem aqueles que, através do esforço constante, tentam fornecer uma valiosa educação aos filhos. Os pais aparentam ter boas intenções, porém acontece que estão enfrentando o problema da falta de espiritualização dos seus valores, o que provoca, muitas vezes, distúrbios na base da educação que deveria ser fornecida no lar
CAP 05 - COMPREENSÃO LIMITADA
- Temos em nossa consciência a divindade esperando para desabrochar. O espírito que macula esta consciência cósmica que habita em nós sofre os efeitos negativos aos quais se lançou
- A tendência ao retardo mental é uma forma que o automatismo espiritual encontra de amenizar os choques íntimos provocados quando o espírito inicia a reflexão sobre sua conduta. A estrutura psíquica do encarnado não consegue manter-se equilibrado perante o acentuado sentimento de culpa, que transpondo os limiares do corpo espiritual, impõe sua influência sobre o modelo orgânico
- A demência é um mecanismo de defesa que fornece alívio aos sofrimentos conscienciais do espírito que começa a constatar seus desvios e sofre imensamente com isso. Este sentimento de culpa nos atrela àqueles aos quais estivemos nos relacionando em eras recuadas
- A falta da consciência exata de nós mesmos ameniza as influências negativas que nos vinculariam a um processo obsessivo
- Percebam que o automatismo que nos rege através de leis perfeitas e justas não beneficia somente o dementado, pois igualmente deparando-se com companheiro doente, muitos espíritos, tendo mais tempo para reflexão, diminuem ou ainda desistem de suas vinganças
- Não existe uma regra específica para cada caso, a intensidade dos sentimentos e a condição geral de cada um dos participantes envolvido no processo ditam as consequências vindouras
5.1 - ESQUIZOFRENIA
- Sabemos que a esquizofrenia é ainda uma grande charada para a ciência médica atual. Já que, por refutarem a existência do mundo espiritual, caem no erro de desconsiderar as influências dos espíritos sobre seus pacientes
- Como vimos, Roberto tem em germe latente um distúrbio mental que consta presente em seu modelo organizador espiritual, em seu períspirito. E que, se não for tratado com eficiência, virá a repercutir ostensivamente sobre seu cérebro orgânico
- Os médicos ainda não conseguem diagnosticar precisamente a moléstia da alma, o que faz com que a busca por orientação se dê normalmente quando a situação já se encontra intrincada e de difícil resolução. Confundidos pelas diferentes manifestações de esquizofrenia, não encontram ponto comum que lhes sirva de base eficaz para a constatação rápida do problema
- Eles, os médicos, buscam o subtipo para classificação da enfermidade, que varia infinitamente conforme a imperfeição do encarnado e a forma como obsessor atua para atingir sua meta prejudicial
- O constante contato emocional entre desencarnado e encarnado, a intenção de prejudicar somada ao sentimento de culpa que se permite deixar atingir acarretam comprometimentos graduais do aparelho orgânico
- Nem todos os pacientes poderão ser curados, a cura é pessoal, é íntima, se faz necessário que o espírito esforce-se por buscar novamente o equilíbrio, e este caminho se conhece pelos enunciados do Evangelho de amor e perdão das ofensas
- Alguns espíritos impõem-se sob esta pena como única forma que vislumbram para sentirem-se confortados diante da culpa que lhes atormenta, acabam por trazer de forma arraigada em sua matriz espiritual os problemas que necessariamente deverão passar na vida quando encarnados
- Porém a todos eles é possível abrandar a expiação, fazendo da caridade, do trabalho sério e digno a porta de auxílio para pelos erros perpetrados no passados que sofrem diuturnamente pelos erros praticados no passado
- Alguns desses pacientes são tratados com medicação antipsicótica, que produzem enorme apatia, alteram-lhes o metabolismo, diminuem a produção ectoplasmática. Dificultando o intercâmbio mediúnico, e, por não constatarem de maneira tão acentuada os sintomas da ação espiritual, podem supor a partir dessa apatia que obtiveram a cura, como se o espírito tivesse ido embora pela ação dos remédios. O obsessor continuará a postos, esperando como o caçador espera sua presa, para, no momento em que a medicação e a vigilância do encarnado cederem espaço, voltar a atacar, acarretando problemas maiores ainda por atuar sobre organização extremamente debilitada sob efeito das altas dosagens de medicamentos
- Hoje a esquizofrenia é considerada uma enfermidade sem cura, os médicos procuram diminuir a ocorrência, que sempre poderá retornar ao menor sinal de desequilíbrio íntimo do paciente
Estamos diante de uma grande chaga da sociedade, provocada por sua condição moral inferior. A moralização é o eficaz remédio para a atração de melhores companhias, que auxiliem ao invés de prejudicar
- O magnetismo, aplicado nos Centros Espíritas através do passe, é o estímulo externo que desfaz momentaneamente os elos mentais entre obsessor e obsediado, permitindo que ambos reflitam com relação ao caminho que escolheram seguir
- O espiritismo não pode, é verdade, curar a quem não deseje a cura, porque ela é pessoal e intransferível, mas deve ser utilizado de forma a estimular a mudança, a transformação moral, a prática do perdão pelos envolvidos
- Por sua posição não comodista, o Espiritismo afugenta muitos adeptos ainda preguiçosos, que preferem filiar-se a movimentos que lhe oferecem oportunidades de redenção ilusória, sem esforço apropriado nesta direção, pois somos ainda mesquinhos
- É muito grande a quantidade de Espíritas que têm desencarnado mal, que não estão se preparando bem para a mudança de plano. Assim como existem aqueles que se dizem Espíritas por somente frequentar socialmente um Centro Espírita, há também aqueles que estudam muito e aplicam tudo o que aprenderam somente com os outros, se esquecendo da própria transformação. São eles os espíritas teóricos que sabem muito e não exemplificam quase nada
CAP 6 - INFLUÊNCIAS VIBRACIONAIS
- Na medida em que evoluímos moralmente, conquistamos condição de conhecer as minúcias de nosso passado de erros. Fortalecidos por novos ideais, encontramos condições suficientes para constatarmos nossa sombra. É, então, possível começar o processo lento de compreensão dos motivos que nos levaram a passar, necessariamente, por esta ou aquela espécie de dificuldade
- Isso nos permite entender que a injustiça não existe, aprendemos a reconhecer nosso devido lugar diante da vida. Nos conscientizando que não somos diferentes de nenhum de nossos irmãos, e que, se julgarmos os outros, estaremos julgando a nós mesmos, pois igualmente apresentamos um presente ou um passado de desvios e faltas
- Aqueles que se deixam envolver pelo ódio são os que mais sofrem, porque precisam ainda dos encontrões da vida para despertar as consequências de suas atitudes
- Quando nos damos conta dos erros que cometemos, a consciência nos pesa, acusa-nos diuturnamente exigindo reparação. Nesse momento é que a misericórdia divina manifesta-se mais uma vez permitindo que o espírito se enclausure em si mesmo através das mais diversas demências, que são como oásis em meio ao deserto de aflições
- Mesmo sem condições de decidir qual o melhor rumo a seguir, o espírito recebe por parte daquele que mais do “Alto” o acompanham a possibilidade de refazimento na matéria, através de dificuldades específicas, para que ao acordar tenha expiado algumas de sua faltas, aliviando assim o remorso que o atormenta
- Na condição de grandes endividados perante a própria consciência, por sentimentos de culpa, ofereceríamos vigorosa sintonia para aqueles com os quais nos relacionamos no passado. Tais ocorrências nos impossibilitariam por muito tempo qualquer participação construtiva na reconquista da serenidade
- Atacados diuturnamente, seríamos presas a cair facilmente na demência, que não possibilitaria maior aprendizado com relação às consequências de nossos próprios erros. Não se trata aqui de proteção aos que fizeram o mal como reclamam muitos obsessores quando se veem afastados daqueles para quem direcionam suas vinganças. Lembremos que o próprio afastamento impede que ocorram maiores comprometimentos, concorrendo em favor de todos, fornecendo ainda ao espírito a possibilidade de um tempo maior de reflexão
CAP 08 - A EXPLANAÇÃO DE CRISTOVÃO
8.1 - DISTÚRBIO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO ( DDD) e HIPERATIVIDADE
- Ao que sabemos, ainda limitadamente, o Distúrbio de Déficit de Atenção(DDA), ocorre como resultado de uma disfunção neurológica no córtex pré-frontal
- Quando mantemo-nos concentrados em determinada atividade, nosso córtex pré-frontal envia sinais inibitórios para outras áreas do cérebro, sossegando os demais estímulos que nos chegam para que possamos nos concentrar
- Incluindo a estes conceitos a realidade espiritual, enfatizamos que o excesso de ectoplasma possibilita uma maior excitabilidade, o que permitiria incremento na receptividade a estímulos por parte do encarnado
- Captando estímulos em maior quantidade do que poderia assimilar, passaria a apresentar dificuldades para conseguir uma concentração adequada. Esta dificuldade de concentração vem sendo classificada oficialmente como “distúrbio de déficit de atenção” (DDA)
- A ciência médica terrena constatou que o portador de DDA tem uma tendência à impulsividade, falar e agir sem pensar
- Sabemos que o ectoplasma é o elo que permite a interação do períspirito com o corpo físico, havendo ectoplasma em abundância a possibilidade de interferência externa ou mesmo interna tende a acentuar. Em outras palavras, o encarnado tornar-se-ia mais influenciável aos elementos espirituais, atraindo-os para si conforme a conduta, o que o auxiliaria ou prejudicaria em consonância com os componentes envolvidos
- Um percentual muito elevado das crianças que apresentam DDA sofre igualmente com a hiperatividade (Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade - TDAH), constatou-se um índice próximo a cinquenta por cento dos casos
- O excesso de ectoplasma hipersensibiliza o encarnado, que, por efeito do automatismo fisiológico, busca liberar a energia excedente como melhor conseguir
- O ectoplasma em abundância oferece, ou melhor, amplia essa possibilidade, mas de forma alguma torna obrigatória sua ocorrência
- Os relatos de meninos e meninas que não conseguem parar quietos, podem caracterizar uma atividade inconsciente comandada pelo automatismo perispirítico no gasto de ectoplasma excedente
- A presença de um espírito obsessor estimularia e até mesmo dirigiria, conforme o caso, as ações da criança. Porém tal fato só seria possível se houvesse sintonia entre o encarnado e o desencarnado, seria necessária uma similaridade fluídica entre os envolvidos
- É por esses aspectos que evidenciamos importante função do lar, pois será aí e nos demais ambientes que a criança frequentar com assiduidade, que poderá ela ser estimulada aos elevados valores morais. Valores esses que, se bem incentivados, afastarão a possibilidade de influência espirituais prejudiciais sobre a criança
- O comportamento intranquilo da criança afetaria aqueles que com ela convivessem, provavelmente os impacientando. Facilmente surgiriam os atritos, as discussões, que agravariam as crises, aumentando a energia ectoplasmática com necessidade de ser gasta
- Tais distúrbios familiares teriam ainda a consequência, se extremados, de diluir qualquer barreira à ação “Vampirizadora”. Chamamos de “Vampiros” os espíritos desencarnados que se aproveitam do ectoplasma dos encarnados na tentativa de reviverem sensações possíveis através do corpo físico
- O desencadeamento da produção orgânica excessiva de ectoplasma poderá ocorrer através de duas possibilidades :
1- Diz respeito à prova ou programação prévia, em que o encarnado se fará portador da mediunidade para o crescimento íntimo e coletivo se souber dignificar tal oportunidade
- O ectoplasma possibilita o controle do espírito sobre o corpo material, permitindo a relação entre o períspirito e seu corpo físico
- É através do ectoplasma que o espírito desencarnado consegue utilizar os recursos do médium encarnado para efetuar suas comunicações
2 - Sabemos que efeito tem uma causa originária. As células por imposição do automatismo fisiológico, aprenderam a produzir ectoplasma para a manutenção da vida encarnada
- Em função deste mesmo reflexo condicionado, se nos mantivermos em uma condição de desregramento diário, abusando das possibilidades do veículo orgânico, forçaríamos as células a trabalhar aceleradamente visando à subsistência
- Abusando de bebidas, drogas e outras formas de desgastar o próprio corpo, estimularíamos nossos companheiros celulares a fazer o que sabem, produzindo ectoplasma necessário à manutenção da vida encarnada pelo período que conseguirem
- Em uma próxima encarnação, em função de nossa conduta, teríamos “viciado” as células a funcionar excessivamente, estariam condicionadas a lutar pela sobrevivência antecipadamente, produzindo ectoplasma em abundância mesmo que não houvesse essa necessidade
- É por este fator que encontramos maiores índices de DDA e hiperatividade entre crianças, nelas o excedente se faz mais perceptível porque não cometem ainda grandes abusos com o corpo físico, não equilibrando, assim, a produção e a demanda
- Somente um novo processo de condicionamento conseguiria imprimir nas células uma forma equilibrada de funcionamento, o que pode levar mais de uma encarnação para ser efetuado
8.2 - AUTISMO
- Poderíamos tratar também aqui do efeito contrário; ao invés do excesso de produção, lembrar da baixa produção de ectoplasma, que impossibilita um perfeito domínio do espírito sobre o corpo encarnado, caracterizando os casos de “autismo”
- Fica fácil de explicar o fator que origina este efeito de nos utilizarmos do caso do suicida consciente. Assim como o desregramento forçou as células a funcionar de maneira acelerada, o desejo de autoaniquilamento poderá imprimir sobreas células, em uma próxima existência, uma diretriz para que funcionem em níveis inferiores aos necessários
- Se o espírito não quer existir, suas células recebem estímulos para não funcionarem bem. Isso dificulta a perfeita interação entre espírito e corpo
- Na maioria das situações deste tipo. O espírito tem perfeita lucidez, mas se corpo apresenta impossibilidade de demonstrar esta capacidade de entendimento, manifestando-se em variados níveis, desde o “autismo” em sua forma mais simplificada até mesmo as mais agravantes condições mentais
- Por que este desejo de morrer que o suicida apresenta não tem maior influência enquanto encarnado? O desejo do espírito encarnado não repercute de forma tão eficiente sobre as células do que quando desencarnado. O corpo físico vincula-se ao princípio de auto preservação instintivo
- A ocorrência desta influência fica evidente nos casos de pacientes que se deixam morrer sem resistência orgânica alguma, suas funções orgânicas são enfraquecidas pela própria vontade de morrer
- As células enfraquecidas por debilidade orgânica oferecem maior possibilidade de influenciação por parte do espírito que as dirige. Este desejo de autoextinção que o espírito carrega na mente será repassado, ainda no útero materno, no momento de sua concepção, para a nova vestimenta física, que sentirá todas essas impressões
- Tanto no caso da produção excessiva de ectoplasma quanto na produção reduzida, tivemos como exemplo casos de suicídio, um consciente e outro inconsciente, pelo uso indisciplinado do corpo físico
- O fator fundamental que concorre para esses efeitos diferenciados em situações de origem aparentemente tão semelhantes é a vontade que move o espírito perante suas ações
- As repercussões que o espírito sofrerá em nova reencarnação se devem, principalmente, à impressão mental que carrega. Poderemos passar todos pelo mesmo evento, mas cada um de nós terá uma impressão e um entendimento diferente do mesmo
- A Lei de Causa e Efeito funciona conforme esses componentes íntimos, por isso se veem tantas variações de consequências para fatos que aparentemente se assemelham
- Se o espírito destas crianças não encontrar forças para se mobilizar à mudança necessária, ela não acontecerá. Precisamos dirigir a principal atenção às causas e não exclusivamente aos efeitos, como estamos acostumados a fazer
- Todo distúrbio acontece devido a algum fator, que tem sua origem no próprio espírito, que sofre com o problema. Portanto, o espírito tem responsabilidade integral pelo que lhe causa incômodo e igualmente pela alteração deste quadro
- O melhor estímulo moral que podemos infundir à criança é nossa própria conduta, imprescindível o esforço por vivenciar o que conhecemos de mais elevado moralmente, caso tenhamos o desejo sincero de ajudar

9 - ACOMPANHANDO A ORIENTAÇÃO MEDIÚNICA
- A minha aparência corpulenta impõe receio naqueles espíritos que de nós se aproximam com intenções inferiores. Esses espíritos agressivos são muito afeitos às sensações da matéria densa, e a aparência causa sobre eles grande influência. Dessa forma, aparentando força física evitamos muitos problemas antecipadamente
- Ao desencarnar existe a possibilidade, para aqueles que aprenderam, de adotar a aparência que melhor nos convém, conforme o gosto particular ou a atividade que venhamos a desempenhar
- Muitos pais deixam de levar de levar seus filhos com receio de que a perturbação causada pela agitação deles possa incomodar os demais espectadores. Aquele que compreende a maior sensibilidade da criança para a relação com a espiritualidade sabe que estes constrangimentos podem servir de motivo para afastá-la, os pais e mesmo outros frequentadores que se sentem incomodados do acompanhamento valioso
- Perdoem-me os espíritas ditadores do silêncio, a ordem e a disciplina sempre são saudáveis, mas jamais podem vir em detrimento da possibilidade de auxílio ao próximo
- Com relação ao uso de peças de roupas por parte dos encarnados nas tarefas em que há o emprego do magnetismo, podemos dizer que não podemos auxiliar eficazmente aqueles que assim não desejam, e muito menos quem não se esforça para tanto
- Ao utilizarem peças da vestimenta dos entes que amam, os encarnados somente substancializam o pensamento de auxílio que desejam endereçar ao ente querido, pois elas em nada influi no auxílio, em nenhuma circunstância, apenas servem como ferramenta de mentalização da pessoa a quem se quer oferecer auxílio

10 - EM VISTA À ENFERMARIA
- Utilizamos o termo “maternidade”, para designar o setor onde alojamos os espíritos que não obtiveram êxito no processo de gestação e que visam à nova possibilidade reencarnatória, sendo grande parte deles, vítimas de aborto
- Esses espíritos traziam enorme bagagem de erros que os impossibilitavam de alcançar uma condição de equilíbrio ideal para uma gravidez tranquila por parte da genitora que os abrigasse
- Por esse motivo, tornava-se grande a probabilidade do aborto, proposital ou espontâneo. Essa dificuldade maior durante a gravidez em nada poderia servir de argumento para a realização do aborto
- Existiam fortes motivações para estabelecimento do vínculo material entre pais e filhos, relações que por vezes remontavam a passado já distante
- Pude perceber que havia pequeninos bebês com machucados ou mesmo mutilações, as quais soube terem ocorrido durante o procedimento abortivo
- Em que condições desembarcariam esses mesmos pais na espiritualidade ao constatarem sob a guante do remorso o grave erro que cometeram? Namorados que pressionavam suas companheiras a abortar por motivos financeiros, ou ainda, preocupados em manter certa posição social. Pensamentos tristes desfilavam por minha mente
- Ao observar mais detalhadamente a situação de um dos fetos, pude constatar que ele apelava por sua vida preso ao quadro do momento em que fora abortado, repetindo mentalmente: “Por favor, não faça isso, mamãe, deixe-me viver...”
- Eles, por diferentes circunstâncias, não obtiveram êxito em seu processo reencarnatório. Respeitando programação superior, aguardarão por nova oportunidade, sendo que alguns tentarão nova aproximação com este mesmo espírito que falhou na tentativa da maternidade
- Há casos em que os reencarnantes somente necessitam de um “mergulho no útero”, com fins de reestruturar o períspirito lesado, como acontece muito entre os suicidas, que dificilmente alcançam êxito na tentativa de voltar à matéria na primeira ocasião subsequente ao ato que praticaram contra si mesmos
- Todos neste local estão adormecidos, induzidos magneticamente, para facilitar o auxílio que tentamos efetivar. Pôde presenciar, pela mensagem psíquica que constatou junto aos bebês, que a impressão do ato abortivo encontra-se muito viva. Visando auxiliá-los, preferimos mantê-los, conforme o caso, com menor consciência do ocorrido
- O psiquismo do espírito está plenamente funcional em qualquer situação. O que ocorre é que por vezes nosso instrumento de manifestação cerebral não dispõe de possibilidades para expressar tais impressões coerentemente
- O espírito, na fase evolutiva em que nos encontramos, está acostumado a utilizar seu veículo de manifestação para manter comunicação consciente. Mesmo sabendo que é possível a comunicação sem o uso da palavra, é bastante comum encontrarmos espíritos que não usam a comunicação mentalizada em função das barreiras que inconscientemente impõe a este processo
- Poderíamos induzir, num processo semelhante à hipnose, o espírito desses bebês a retomar a forma estrutural que adotavam antes do inicio do processo reencarnatório. Mas visando evitar desdobramentos para a situação traumática vivida com o aborto, conforme a possibilidade de cada espírito, prefere-se mantê-los em “sono induzido” até a próxima tentativa de reencarne, que deverá ocorrer em pouco tempo
- Os fetos lesados durante o aborto trazem marcados em seu períspirito o choque da impossibilidade de voltarem ao mundo corporal. Tais lesões perispirituais são muito difíceis de serem tratadas na espiritualidade. O melhor remédio para tais casos é o novo mergulho no útero materno, que por indução magnética proverá, se possível, a orientação celular para a formação de um corpo saudável por parte desses espíritos
- O suicida alimenta desejo de autoaniquilação, o que facilita o surgimento de deformidades e complicações durante a gravidez. O amplo complexo de culpa em que se envolve nossa paciente dificulta qualquer solução breve para seu drama
- Ele alimente grandes deformações no próprio sistema respiratório, que se agravam quando do processo reencarnatório pelo contato mais amplo com a matéria densa
- Apesar de estar retornando de sua terceira tentativa reencarnatória após o suicídio, ainda não conseguirá organizar um corpo sadio para se manifestar no Mundo corporal
- Ficava evidente para mim a afirmação de Giovana com relação à gravidez ser um amplo processo de intercâmbio mediúnico. A futura mãe identificou a presença de sua rival e rejeitou o vínculo. Certamente que o futuro pai também esteve envolvido nesta decisão
- Mesmo tendo consentido a aproximação de mariana, quando ainda estavam ambas na espiritualidade, durante processo de gestação, não conseguiu conter suas imperfeições, deslizando no ato abortivo

2 - INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA (CAP 11 - APRECIAÇÕES FINAIS)
2.1 - INFÂNCIA
- Somos catequizados a visualizar a infância como um período em que o ser é nulo, que nada sabe e que tudo precisa conhecer conforme os padrões ditados pela sociedade em cada época e local
- Esta visão acredito que seja a principal dificuldade que nos marca até hoje, compreender mais amplamente as questões que envolvem a infância
- Por possuirmos a concepção limitada da criança, acabamos por desenvolver sistemas equivocados que esbarram em grandes dilemas existenciais
- Essa insegurança em compreender a criança com que lidamos interfere na formação que idealizamos para nossos filhos e educandos, Estamos sempre atrelados a limites radicais de entendimento
- A problematização da infância está estruturada em um nascimento a partir do nada. Negando a preexistência da alma, incorremos na criação de lacunas que não preenchem as formulações desenvolvimentistas. As obras dos grandes estudiosos desta área pecam por não conceber a criança como um ser que preexistia antes de nascer
- Toda criança saudável brinca imaginativamente em algum momento de sua vida e somente ela sabe do que realmente brinca
- Adentrando o tema da mediunidade, pudemos constatar que a relação da criança com a espiritualidade, em média, é muito superior à do adulto
- Nossa posição diante dessas manifestações, como por exemplo, de a criança brincar com seu amigo imaginário, é bastante confusa. Temos acompanhado retaliações taxativas por parte de pais e educadores que coíbem tais acontecimentos
- O convívio espiritual por parte da criança é natural, pois entende que nada está fora do lugar e que todas as outras pessoas também devem perceber o que ela está conseguindo constatar
- A relação da criança com a morte do corpo físico de um familiar seu é muito mais amena. Costumamos dizer que as crianças não entendem o que é morrer, mas será que livres de nossos dogmatismos não são elas que entendem e vivem muito melhor essa relação?
- A criança traz certamente muito mais latente a ideia da imortalidade e da constante relação com o mundo espiritual do que os adultos
- Quando esses valores estiverem enraizados na crença da sociedade atual, estaremos iniciando uma sociedade renovada, que, despida do sectarismo religioso, primará pela educação moral que será exemplificada em cada ato
- É comum escutarmos de espíritas menos avisados que a mediunidade pode ser bloqueada. Sabemos que não é verdade, o que ocorre é que nenhum espírito procurará um instrumento ocioso, a não ser para importunar
- E observamos seguidamente isso entre aqueles que negam a faculdade de intercâmbio espiritual que possuem, e o quanto sofrem pela falta desse entendimento
- Portanto, estamos redondamente enganados s imaginamos que isolando a criança dos fenômenos espíritas estaremos restringindo a faculdade mediúnica
- Quem somos nós para ter a pretensão de regular a programação que tem direção superior? A sensibilidade mediúnica simplesmente se torna evidente, quer queiramos ou não. E nesta condição o melhor é nos munirmos de orientação
- Por que uma criança não poderia estudar o que acontece com ela? Não seria este o meio de conhecer a melhor forma de lidar com o fenômeno? Os Espíritas acostumaram-se a regular o que pode e o que não pode com relação à mediunidade, esquecendo-se de que foram e são inúmeras as mediunidades que florescem na infância
- Corretamente há receios com relação à maturidade que essa criança possa ter no contato com os espíritos. Porém, estando em um Centro Espírita, sendo orientada, estará em condições muito melhor do que se colocada à margem e alheia ao processo que ocorre independentemente de sua vontade. Segundo Allan Kardec, o Centro espírita é escola aberta, livre e não - sectária
- Importante não esconder da criança o que ocorre com ela, pois a visão dela com relação aos fenômenos mediúnicos é muito mais natural do que a do adulto. Não queremos que crianças componham livremente atividades mediúnicas, tudo em seu devido tempo, mas enfatizamos que é necessário educar e orientar aqueles que possuem sensibilidade mediúnica também na infância, respeitando seu processo natural
- A fase infantil caracteriza-se por uma espécie de entorpecimento das faculdades intelectuais manifestáveis através do corpo físico, é a bênção do esquecimento que nos socorre em cada nova reencarnação
- Essa aparência ingênua que é necessária, por permitir a aproximação de muitos desafetos de outros tempos, parece nos influenciar demasiadamente com relação a nossa forma de apreciar a criança
- O espírito renasce em um corpo frágil para retornar ao estágio escolar, onde exercitará o aprendizado. Protegido pelos pais, encontra-se propenso a receber extensa orientação, principalmente nas questões de aspecto moral. Se trouxer vícios, é preciso educá-lo e, se apresentar virtudes.
- Precisamos estimulá-las, essa é a educação transformadora que necessitamos abraçar. Ao receber esse espírito antigo como filho em vestes e miniatura, a providência divina fomenta o fortalecimento dos laços do coração entre pais e filhos, que recuados eras podem ter sido grandes adversários
- A hereditariedade, limitações físicas e psicológicas, todos esses aspectos, são discutidos previamente, antes de se iniciar o processo reencarnatório. Se o espírito que irá reencarnar não dispõe de condições para decidir por si mesmo, existirá um tutor que o faça, visando sempre ao bem-estar espiritual do indivíduo
- Não renasce o espírito para o Mundo da forma física ao acaso. Conforme suas necessidades mais prementes, é encaminhado a este ou àquele lar
2.2 - ADOLESCÊNCIA
- Na adolescência se inicia a apropriação da bagagem pretérita por parte do ser encarnado
- De forma intuitiva, manifestam-se mais fortemente os valores já adquiridos. Essa transformação é a apropriação das características que realmente revestem o espírito, retornando gradualmente a possuir traços de sua personalidade integral, sempre refém dos impedimentos impostos pela matéria
- Por isso, nosso cuidado em fornecer educação às crianças, antes que voltem a manifestar mais amplamente seus vícios por conta do período de transformação da adolescência